segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Depois de duas idas ao Tocantins para fazer levantamentos, já estávamos prontos a levar o primeiro grupo.
A idéia teve apoio integral no grupo Observaves - Observadores e Aves do Planalto Central, grupo este do
qual participo.
O roteiro cuidadosamente elaborado incluiria chegada de avião em Palmas, deslocamento para Caseara, tres pernoites em Caseara, com visitas à sede do Parque Estadual do Cantão e passeios de barco pelos rios do Coco e Araguaia, deslocamento para lagoa da Confusão, com duas pernoites nesta cidade e tours pela estrada de Barreira da Cruz com incursões em algumas fazendas.
Roteiro pronto, nos deparamos com as primeiras dificuldades: reserva de hotéis, contratação de guias e
transportes. Foram muitos telefonemas, e-mails trocados, até conseguirmos reservas parciais. Uma das
pousadas que iríamos ficar só faria as reservas com trinta dias antes da ocupação e, ainda faltavam 5
meses. Guias de Birdwatching, não conseguimos para todo o período. É material escasso, não só na região mas em todo Brasil. Como é um mercado novo, exceto no Pantanal, existem poucos profissionais disponíveis para a atividade.
Mais uma vez o transporte teve que ser viabilizado por aqui mesmo. Depois de todas as contas feitas,
resolvemos que eu iria em uma van, saindo de Alto Paraíso e encontraria o restante do grupo no aeroporto de Palmas. Esta decisão resolveu em parte a questão de levarmos mantimentos: frutas, sucos, água e produtos pouco perecíveis para sanduíches. Devo informar que, por telefone, não consegui em nenhuma das três cidades onde iríamos, alguém que nos fornecesse os lanches de trilha.
Dia 30 de maio
Chegou o dia! Pé na estrada ás 04 da manhã. A ideia era chegarmos em Aurora do Tocantins bem cedinho, para fazermos umas imagens do Rio Azuis antes dos turistas chegarem. Na van, íamos, Havita, Eduardo, eu e o motorista. A previsão do tempo deu certinho. Quando Havita fez a última cena do Rio Azuis começaram a chegar os carros de visitantes e descer  com caixas de isopor, churrasqueiras e, alguns com som axé bem
alto. Foi dolorido ver um homem tirar da caixa um peixe bem grande e começar a limpá-lo nas águas do Rio Azuis, jogando as escamas e vísceras para todo lado, enquanto a churrasqueira já fumegava.
Eu e Havita às margens do lindo rio Azuis
Era hora de batermos em retirada e chegar na calma e linda cidade de Natividade. Construções antigas da época do Império, fachadas com datas gravadas, calçadas altas e as ruínas do que seria uma igreja construída por negros livres, dividem espaço com carros, computadores, motos e modo de viver do século XXI.
Conseguimos chegar á noite em Palmas. Difícil foi encontrar o Hotel Graciosa Palace. As informações do GPS nos levavam para outro extremo da cidade. Já muito cansados e irritados conseguimos chegar ao Hotel e, para nossa surpresa o pessoal da recepção do hotel tinham a informação de que as coordenadas no google maps estavam erradas. Por que será que não corrigiram?
Dia 31 de maio
Dia lindo, com um calorzinho razoável. Mas, para variar fomos dar uma passarinhada na estrada do Pratinha, só para aquecer as turbinas até a hora de ir ao aeroporto buscar o restante do grupo.
Do aeroporto de palmas ao Hotel
Nem precisa dizer que á tarde, voltamos, o grupo inteiro ao mesmo local. Esse primeiro dia rendeu três lifers: caneleiro-verde, macuru-pintado e urubuzinho.
Marcelo Barbosa foi nosso guia.Muito competente e conhecedor das aves do local, nos auxiliou muito a
conseguir as fotos.





Dia 01 de junho
Conseguimos que o café da manhã fosse servido ás 06:30. Apesar de todas nossas tentativas de negociação, o hotel não se dispôs a servir mais cedo. Após o café, enfiamos toda bagagem na van e seguimos rumo a Caseara, com intenção de fazermos algumas paradas pelo caminho, o que não conseguimos. Quando paramos em um posto de gasolina para abastecer, a van deu uma pane e não funcionou. Em vez de considerarmos temo perdido, aproveitamos para trocar informações sobre configuração de equipamentos enquanto Enzo e o motorista iam atrás de um mecanico para resolver o problema.
Chegando em caseara, em vez de perder tempo almoçando, fizemos um lanche com os mantimentos que tínhamos na van e fomos fazer uma primeira visita à sede do Parque Estadual do Cantão.
Ana Rosa, Eduardo, Herbert e Bertrando
Enzo e Ana Rosa
Os guias que nos acompanharam nesse tour ajudaram pouco, quando não atrapalharam. Dividimos o grupo em dois. Um dos guia que levava um facão ia na frente cortando mato e, consequentemente espantando as aves. O outro guia, com metade do grupo nos fez fazer um grande percurso á pé como se fosse uma competição. Apesar de todos do grupo terem conseguido lifers, a tarde poderia ter sido bem mais proveitosa.Algumas figurinhas que deram as caras e nem todas foram fotografadas nesse tour foram: solta-asa, arapaçu-de-bico-comprido, tiê-galo, pica-pau-dourado-escuro, papa-formiga-pardo e  jaó.
Dia 02 de junho
Primeiro dia de barco. Eba! A expectativa era grande. O dia nem havia clareado direito e lá estávamos nós,
na beira do rio, colocando os coletes e nos posicionando nos barcos. Foram duas voadeiras para acomodar todo o grupo. Muita emoção quando os barcos começaram a andar, cortando as águas do Rio do Coco. O sol ainda estava saindo e uma fina névoa levantava-se das águas e se diluia no ar. Foi um festival de cliks.
Martins-pescadores, graça-moura, biguá, biguatinga, ciganas, socós e muitas, muitas aves mais. Os barcos
Rio do Coco
iam lentamente a poucos metros da margem diminuindo a velocidade ou encostando sempre que víamos algo interessante para fotografar. Só paramos para fazer uma pequena trilha em uma ilha e posteriormente para um lanchinho, na hora do almoço.
O dia foi proveitoso e encerrado com um belo jantar a base de peixe num restaurante ribeirinho.




Hora  do lanche



Dia 03 de junho
Mais um dia de barco. Desta vez, a intenção era chegarmos ao Rio Araguaia. Demoramos a chegar lá, pois
parávamos muito para fotografa ainda no Rio do Coco. Uma bela surpresa o Araguaia nos reservava: um
gavião-pernilongo, um gavião-preto, jacu-de-barriga-castanha e pavãozinho-do-pará. Foi um dia aravilhoso, com direito a uma parada para o lanche do almoço em uma linda praia, na ponta de uma ilha. Nesse local, três lifers nos foram presenteados: amarelinho, ferreirinho-estriado e maria-mirim.

Parada em uma linda praia do Rio Araguaia
O dia estava lindo demais, pra ser verdade. Quando paramos numa segunda praia, para dar chance ao Havita de fazer umas boas imagens de vídeo e nos divertíamos tentando fotografar uma cigarrinha-do-campo, nosso barqueiro nos fez ir correndo para os barcos. Uma chuva se aproximava e tínhamos que atravessar o rio antes de começar o banzeiro.

Mais uma paradinha estratégica
Não deu tempo.... a chuva nos pegou no meio do rio. Chuva muito pesada! Cada um usou o que pode e como pode para proteger os equipamentos. Mal conseguíamos abrir os olhos. A chuva de frente nos obrigava a nos mantermos encolhidos e de cabeça abaixada. Foi um grande alívio quando chegamos em terra firme. Todos encharcados até a alma! Por sorte nenhum equipamento se molhou. Foi uma grande pena, nos despedirmos assim do lindo Rio Araguaia e daquela praia maravilhosa. Aina lamento esta interrupção.
Dia 04 de junho
Reservamos a manhã desse dia para mais um tour á sede do parque e um encontro com seu Diretor, Marcos Leão, que nos recebeu com muita simpatia. Nessa manhã mais umas agradáveis surpresas nas trilhas da sede: uirapuru-laranja, rendeira, martim-pescador-da-mata, arapaçu-de-bico-comprido, desta vez muito bem clickado, bacurau-de-cauda-barrada.
Pura alegria - Havita, Roseanne e Tancredo
 Retornando à Pousada fizemos logo o check out e resolvemos almoçar pelo caminho em direção á Lagoa-da-confusão. No caminho mais uma pane da van. Desta vez no lugar certo, uma beira de rio onde conseguimos fazer boas fotos da choca-d´água, da choca-barrada, ariramba-preta e tucano-de-bico-preto.
Como a noite já estava caindo acendemos uma fogueira, para o caso de termos que esperar muito tempo por socorro. Mais uma vez Enzo e Leo conseguiram buscar um mecânico que veio bem rápido. Chegamos em Lagoa da Confusão já de noite.

Fogueirinha para alegrar ( foto: Roseanne Almeida)
















Dia 05 de junho
Nem tudo sai como planejamos. Deveríamos ter seguido o plano inicial de fazer, com muitas paradas, o
caminho de Lagoa da Confusão até Barreira da Cruz. No entanto, aceitamos ser conduzidos por um guia
especializado e trilhas da Pousada Fazenda da Praia Alta. Perdemos muito tempo. Tivemos que ir de lagoa da Confusão até a Pousada e ainda esperar um tempo até o guia ficar pronto. Fizemos apé, perdendo muito tempo uma trilha que poderia ter sido feita de carro, até a margem do rio onde iríamos procurar o joão-do-araguaia, que não deu as caras.
Em busca do joão-do-araguaia

Por sorte, encontramos pelo caminho um bando de maracanãs-de-colar, lifer para mim e para alguns do grupo. Conseguimos ver mais aves no final do dia,quando fomos brindados com um ninho de Tuiuiú e um alagado com centenas de asa-brancas. Dia considerado pouco produtivo.

Cervo-do-pantanal

Ninho de Tuiuiú

Agradável surpresa do dia: bando de asa-branca






Sebinho-do-olho-de-ouro

Amarelinho

Dia 06 de junho
Era o grande dia,  o de ir atrás do pica-pau-do-parnaíba, cuja foto estava valendo premio no grupo. Muita
empolgação! O dia já começou bem quando nos deparamos com os reflexos do nascer do sol sobre a lagoa que dá nome á cidade. Lindo demais!
Nos dirigimos ao local onde deveríamos ter um encontro com o famoso pica-pau. Fizemos o playback e não deu outra. Chegaram a aparecer dois indivíduos. Muito ariscos, ninguém conseguiu fazer boa foto, apenas garantimos o registro. É uma emoção muito grande ver esta espécie que além de rara, ameaçada de extinção é muito bonita. Para aproveitar o tempo, fizemos, ainda, uma caminhada pelas redondezas e conseguimos clicar um lindo surucuá-de-cauda-preta e um anambé-branco-de-rabo-preto.
Depois do almoço rumamos para Palmas, nossa última parada, antes do vôo de volta e, para variar um
pouquinho, fomos direto para a estrada do Pratinha nos divertir um pouco com a revoada das Curicas.
Dia 07 de junho
Último dia de passarinhada. O destino era parque Estadual do Lajeado. Tivemos que tomar café  da manhã em uma padaria porque o hotel se recusou a servir o café em horário especial, para nós. As grandes estrelas desse tour no Parque foram uma corujinha-do-mato e a choca-do-planalto. Tínhamos que voltar logo para fazer o check out no Hotel, portanto, encerramos nosso tour ás 11:30h. Nosso guia, nesse dia foi o Marcelo Barbosa.
Hora de voltar para casa - Eduardo, Ana Rosa, Herbert, Roseanne,
 Rodrigo,Bertrando, Tancredo e havita

Algumas dicas sobre a região:
- Existe uma grande dificuldade em conseguir guias locais. Os poucos especializados em aves, são pessoas
muito comprometidas com projetos de pesquisa e trabalho em grandes companhias e, dificilmente tem alguns dias livres na agenda.
- Os hotéis, em lagoa da Confusão e Palmas não estão preparados para este tipo de público. A dificuldade é sempre a mesma: não conseguem servir um café da manhã em horário especial. Provavelmente tenham
pouquíssima demanda desse tipo de serviço para abrirem exceções á sua rotina.
- Conseguir transporte, também é muito difícil. Os preços praticados pelas agências de Palmas são muito
altos. Resta ir direto a uma locadora de veículos convencional e chegar lá de carro. Essa última foi nossa
melhor opção. Levar uma van de Brasília, para nos atender lá, ficou mais barato do que contratar transporte local.
- Os passeios de barco, para fotografar, nos rios  do Coco e Araguaia são imperdíveis. Se torna mais
confortável fotografar, de dentro de uma voadeira, sentado, do que andando e carregando peso. Detalhe
importante: é necessário que a lente tenha um bom estabilizador de imagem. Mesmo parado o barco balança um pouco, tornando difícil, às vezes fazer uma foto com bom foco.
- As trilhas da sede do parque Estadual do Cantão são ótimas, de fácil acesso e com boa diversidade de
aves.
- O parque Estadual do Lajeado, pode ficar fora do roteiro, se não tiver muitos dias. As caminhadas são
longas para uma produtividade pequena em termos de ocorrência de aves, principalmente para quem já
fotografou no cerrado.
- A estrada do Pratinha é um local que vale a pena ser visitado. Fica quase dentro da cidade, fácil acesso
e  tem umas aves bem interessantes. Enquanto a urbanização não invadir o espaço, algumas espécies interessantes podem ser vistas lá.
- Lagoa da Confusão continua sendo um paraíso em termos de diversidade de aves, embora nosso tour por lá não tenha sido dos melhores. Reúne aves do cerrado, de mata e aquáticas em grande quantidade.
- as paradas nas margens de rio no trajeto entre Caseara e lagoa da Confusão são sempre uma boa opção. É um trecho para se fazer sem pressa.
Finalizando: participaram desta aventura: Ana Rosa Cavalcante, Herbert Schubart, Tancredo Maia, Enzo Corazolla, Damião Azevedo, Bertrando Campos, Havita Rigamonte, Roseanne Almeida, Eduardo Fernandes e nosso motorista Raimundo Neto. Foram oito dias de conviv~encia alegre e descontraída e, principalmente muito aprendizado. Já estamos preparando a próxima.

domingo, 2 de outubro de 2011


Carro e bagagem prontos. Agora é pegar estrada.

Expedição Paraíso x Cantão, acho que é assim que vou chamá-la. É uma viagem simples que será feita mais por necessidade de descansar do que explorar. Mas, honestamente, não sei fazer uma viagenzinha simples. Cada uma tem que ter um sabor especial, de busca e satisfação interior.
Vendo que eu andava meio sem ânimo para o trabalho, meu marido sugeriu que eu fizesse uma viagem para visitar meu irmão mais velho que mora em Mato Grosso, longe de telefone, de celular e Internet. A ideia me pareceu absurda. Eu, me afastar do trabalho, por puro lazer, por uma semana inteira? Levei longos quinze minutos num dilema interior muito grande. Tomei duas xícaras de café, dei umas cinquenta voltas na sala até soltar uma frase: é, acho que posso! A decisão estava tomada.
A sugestão inicial era pegar um avião até Palmas, Tocantins, alugar um carro e seguir em frente. Então, começa a fase de planejamento e levantamento de custos e trajeto. Fiz os cálculos e logo vi que se saísse de carro de Alto Paraíso gastaria o mesmo que pegar um avião até Palmas e alugar um veículo a partir daquele local. Por outro lado, uma viagem de carro para quem gosta de observar aves é sempre mais agradável de que de avião. Convidei minha irmã, Beth, para ir comigo. Topou na hora. A equipe estava formada! A data da saída marcada para 18 de outubro. Eba! Agora, mãos a obra no planejamento.
De repente bateu uma baita saudade do meu amigo Havita e da vontade que sempre compartilhamos em fazer longas expedições. Com certeza me lembrarei dele em muitas paradas, em algumas curvas do caminho, casebres na beira da estrada, árvores secas, flores, enfim tudo que possa ser transformado em imagem e despertar uma vontade de admirar e preservar a natureza.

 Rio Javaés - do outro lado  a Ilha do Bananal
 - maior ilha fluvial do mundo.
A intenção era descrever o dia-a-dia desta expedição. Até fiz dois posts a srespeito. Mudei de idéia e apaguei os posts colocados, pois fiquei tanto tempo sem escrever que as coisas mudaram.
nem preciso dizer que a expedição foi um sucesso em todos os sentidos: vi novas apisagens, conheci gente diferente, tive contato com raizes familiares e, acima de tudo, muito produtiva em termos de lifers.
Como não detalhei, gostaria de deixar algumas dicas a quem fizer uma aventura desta apara a mesma região:
- Leve roupas confortáveis de mangas compridas, chapéus e  repelentes. Apesar do grande calor que faz, é necessário se proteger de pernilongos, que são muitos e dos maruins que te atacam em nuvens, dependendo a hora do dia e local onde estiver.
- Deixe em casa o seu celular top de linha e leve um ching ling com um chip da Oi, unica operadora que tem sinal na região.
- Para contratar barcos, guias e refeições em muitos lugares, os cartões de crédito não tem muita serventia. Tenha algum cash consigo.
- Indo de carrro, um bom lugar para um pernoite é Natividade. Recomendo o Hotel Veredas. Bom, limpo e preço amigável.
Eu e Deborah Rodello - procurando
a  Águia-pescadora
-  Lagoa da Confusão recomendo a Pousada Paraíso. É o melhor custo benefício. Se preferir ficar fora da cidade a opção é a Pousada Fazenda da Praia Alta. Muito boa, no barranco do rio, boa comida. Mas não vá para lá sem antes contratar os serviços de tours e guias, senão ficará a ver navios.
- Para qualquer destino e pousada, um bom birdwatcher sempre deverá levar plugs adaptadores e réguas (extensão). Nunca há tomadas suficientes nos quartos de hotéis e pousadas para recarregar as baterias.
- Tenha sempre na mochila uma refeição de emergência. Barras de cereais, frutas desidratadas, alimento energético. Você, com certeza irá precisar.
Se fazemos um blog, temos que publicar alguma coisa, nem que seja para ver como fica. Para inaugurar este, conto um pouco da história do meu interesse pelas aves, que se confunde com a história da observação de aves na Chapada dos Veadeiros.
A primeira pessoa a me despertar o interesse pelas aves foi o amigo Fernando Lana. Nas várias reuniões das quais participávamos sempre na hora do cafezinho tínhamos oportunidade de conversar, momentos estes em que me falava do Pato Mergulhão e de como estávamos desperdiçando a oportunidade de transformar a Chapada dos Veadeiros em destino de observação de aves. Em um desses momentos me falou do Observaves, Grupo de de Observadores de Aves de Brasília. Fiquei muito interessada e solicitei minha inscrição no grupo. Logo depois me inscrevi também no Birdwatchingbr.
Bom, em vez de resgatar toda cronologia, vou apenas citar pessoas e entidades que foram, muito importantes nessa trajetória.
Fernando Lana - quem despertou em mim o interesse pela atividade
Observaves - primeiro grupo do qual participei, onde tenho hoje não só amigos virtuais, mas amigos de muitas passarinhadas.
Birwatchingbr - Grupo onde aprendi muito e fiz vários outros amigos.
Avistar - Importante fórum de atualização dos conhecimentos e onde encontramos todo mundo que de uma forma ou de outra é envolvido com observação de aves.
Paulo Boute - Com quem aprendi realmente a observar aves em campo. O Curso de Observação de Aves na Chapada dos Veadeiros, ministrado por Paulo Boute foi um marco. Desse curso participaram 30 pessoas, da Chapada dos Veadeiros e Brasília. A partir desse momento, podemos dizer que a observação de aves começou a existir na Chapada.
Havita Rigamonte - Fizemos algumas expedições e passamos horas e dias muito agradáveis. Havita é o cinegrafista ambientalista mais premiado do Brasil e através de seus filmes mostra ao mundo um pouco do universo das aves do Brasil central.
Edson Endrigo - Me ensinou a importância de ouvir e aprender os cantos das aves, embora eu não tenha bom ouvido. Seu livro, Aves da Chapada dos Veadeiros foi, até agora, a mais importante contribuição no sentido de mostrar as aves da Chapada.
Wikiaves -  Não dá mais para viver sem esse site. Ainda bem que ele existe.
Enfim, Alto Paraíso hoje tem 223 espécies registradas no Wikiaves e se torna cada vez mais um destino procurado por observadores de aves.
a imagem acima é do curso de observação de aves que fizemos com Paulo Boute